5 passos para lidar com uma fraude
Ao se deparar com uma fraude, é importante que a vítima tome atitudes com prontidão para evitar ainda mais transtornos.
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Samuel Link
Head Comercial • 14 de julho de 2022 às 10:30
A interação cada vez maior no ambiente digital tem colocado as pessoas em constante situação de vulnerabilidade a possíveis golpes. Para se ter uma ideia, de acordo com dados levantados pela Serasa, em todo o país, acontece uma tentativa de fraude a cada 16,9 segundos. No geral, os criminosos utilizam dados pessoais das vítimas para obter diversas vantagens, como compras de produtos, solicitação de crédito e assim por diante.
Dentre os diversos tipos de fraudes, as práticas ilegais no ambiente bancário se destacam, sendo que, de acordo com a Febraban, os golpes bancários pela internet cresceram 80% durante a pandemia de Covid-19. Somente em 2021, cibercrimes contra clientes de bancos cresceram 165%.
Para ter êxito, os fraudadores agem de diversas formas. Um dos modus operandi mais populares é o ataque phishing, em que a vítima é manipulada a clicar em códigos maliciosos. Além disso, o uso indevido de dados ocorre com o vazamento ou venda de informações das plataformas de grandes corporações. Além disso, a engenharia social que, ainda de acordo com a Febraban, representa 70% das fraudes na internet, acontece quando criminosos se passam por funcionários de bancos, gerentes ou procuradores e, agindo de forma manipuladora, obtém os dados de autenticação necessários para consumar a fraude.
Fui vítima de uma fraude. O que devo fazer?
Ao ser vítima de uma fraude, é importante agir com prontidão, evitando que mais danos aconteçam. Sendo assim, ao saber a existência de uma dívida que você desconhece, o primeiro passo é:
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Procurar a instituição que efetuou a compra ou serviço. Pode ser banco, companhia de telefone ou loja, por exemplo, e solicitar ao time antifraude o bloqueio de valores e estorno. Esse contato pode ser feito de diversas formas, como por meio do aplicativo, site, chamados ou telefone;
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É importante, ainda, notificar a instituição, nos termos da LGPD (Lei 13.709/2018), para que informem quais dados foram usados indevidamente e quais ações serão tomadas pela empresa como resposta ao incidente;
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Registrar um boletim de ocorrência (BO). Para facilitar, preserve todos os registros online da abordagem que podem servir como prova do crime. Isso inclui mensagens, áudios, vídeos e demais registros da interação com os fraudadores;
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No caso de solicitação de empréstimos, em que a vítima esteja negativada, é importante solicitar à empresa que retire seu registro das listas de inadimplentes. Se isso não acontecer, a pessoa deve entrar na Justiça com uma ação para declarar a inexistência desse débito;
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Registar a reclamação em sites especializados, como o PROCON e Ministério da Justiça. Isso faz com que a empresa seja mais ágil na resolução do seu caso.
Assessoria especializada para medidas cabíveis
Além dos itens citados anteriormente, é importante que a vítima conte, se possível, com o apoio de um advogado especializado em crimes cibernéticos, assessorando em todas as medidas cabíveis para que a situação seja solucionada o quanto antes.
Investir na prevenção à fraude é um fator determinante para evitar tal transtorno. Sendo assim, nunca passe informações sensíveis ou senhas por telefone. Vale reforçar que, no caso das instituições financeiras, dificilmente um banco solicitará esses dados e, se tiver qualquer dúvida, procure sua agência bancária. Além disso, mantenha sempre seu antivírus atualizado para que ele bloqueie programas maliciosos.
Conte, ainda, com soluções tecnológicas que tornem processos, como o de validação cadastral, mais seguros. Isso, com toda certeza, diminuirá sua vulnerabilidade a ataques cibernéticos.