Fator humano como etapa primordial para a cibersegurança

A tecnologia não é uma ameaça à mão de obra humana, mas sim uma grande aliada para otimizar e trazer mais segurança às operações corporativas.

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  • Luiz Penha

    Head de Operações e Infraestrutura de TI • 1 de fevereiro de 2022 às 10:30

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A cada dia que passa, todas as esferas da sociedade se tornam mais digitalizadas e dependentes de novas tecnologias. O avanço tecnológico, uma vez que a aplicação de inúmeras ferramentas tem possibilitado avanços nunca imaginados, ainda assim, existem muitos questionamentos sobre a utilização exponencial da tecnologia.

Entre as principais dúvidas no âmbito corporativo, por exemplo, é se a inovação e robótica tem potencial para substituir o trabalho humano dentro das operações cotidianas. Afinal, os profissionais perderão seus empregos para as máquinas?

Diante deste contexto, é importante entender que, ao contrário da concepção popular, os robôs e novos conceitos tecnológicos não surgem dentro do mercado empresarial para substituir a mão de obra humana. Com o objetivo de otimizar e trazer maior facilidade às operações, a tecnologia entra como um adendo para dinamizar processos engessados e mecânicos que não são atrativos às pessoas.

Sobretudo, vale ressaltar que a influência da tecnologia tem sido crucial dentro do mercado de trabalho, pois tem moldado a maioria das profissões, criando tendências e expandindo o leque de ofícios. Nesse sentido, mesmo extinguindo atividades mais rotineiras e repetitivas, ela abre novas oportunidades para contemplar as exigências do mundo moderno.

O potencial humano diante da tecnologia

Para os próximos anos, a tendência é que o investimento em tecnologia dentro das empresas continue se expandindo. Para se ter uma ideia, de acordo com dados da IDC, a expectativa é que as empresas sigam o caminho que perdurou por todo o ano de 2021 e continuem investindo em novas soluções tecnológicas, o que representa um crescimento de 15,5%, até 2023.

Nesse sentido, adaptar-se a esse cenário cada vez mais digitalizado é essencial tanto para os profissionais quanto para as empresas de modo geral. Logo, com as máquinas atuando em atividades mais mecânicas e rotineiras, os funcionários passam a ter autonomia para atuar de forma estratégica, desenvolvendo habilidades de cunho decisório, a fim de contribuir diretamente ao core business da organização.

E a relação com a segurança digital?

Ao arquitetar novas estratégias de cibersegurança nas empresas, é fundamental aliar o desenvolvimento de sistemas robustos com uma cultura organizacional forte e saudável. Nesse sentido, os líderes têm como papel primordial educar e sensibilizar os colaboradores para comportamentos que estejam de acordo com as medidas de segurança estabelecidas pela companhia, com a finalidade de preparar e fortalecer as organizações diante de possíveis vulnerabilidades digitais.

Vale reforçar que a cibersegurança e o comportamento humano são fatores cruciais e que demandam grande atenção por parte das instituições. Com isso, devem caminhar sempre juntos, na busca por estruturar programas e processos de forma contínua e personalizada, de acordo com a demanda de cada empresa. Logo, é possível mudar o mindset dos profissionais e criar uma cultura organizacional orientada à segurança digital.

Por fim, compreender a importância e urgência da segurança digital em um ambiente que se torna cada vez mais conectado deve ser visto como um fator primário. Toda aplicação é sempre bem-vinda, proporcionando maior segurança, alinhamento e comodidade às operações da companhia.